A privação de sono pode se tornar um problema grave de saúde, seja ela deliberada ou causada por doenças.
O assunto é tão sério que o Guinness Book proibiu novas tentativas de recorde de privação de sono desde 1964, quando o adolescente Randy Gardner passou 11 dias e 25 minutos acordado.
Um recorde histórico, mas que custou alto demais para Randy, que sofreu muito com insônia depois da façanha.
Privar-se do sono representa um tremendo risco à saúde, tendo em vista suas consequências físicas, emocionais e cognitivas.
As principais delas você conhecerá neste artigo.
Continue lendo e fique por dentro!
O que é privação de sono?
Privação de sono é um estado no qual a pessoa não consegue dormir ou deixa de fazê-lo por livre e espontânea vontade.
No primeiro caso, ela pode ser desencadeada por doenças neurológicas ou autoimunes, bem como certas síndromes raras, como a Insônia Familiar Fatal (IFF).
Independentemente da origem, no geral as consequências da privação de sono não variam muito, como veremos mais à frente.
Por isso, a primeira medida a ser tomada é identificar as causas da falta de sono, de modo a evitar complicações mais graves no longo prazo.
O que causa a privação de sono?
As pessoas em geral não deixam de dormir simplesmente porque querem.
Quando o sono deixa de vir na hora certa ou acontece em má qualidade, é porque existe algum outro problema que deve ser investigado e tratado.
Entre as causas mais comuns identificadas em brasileiros estão os transtornos de comportamento, principalmente ansiedade e depressão.
Há também as doenças neurológicas que afetam a capacidade do organismo se programar para dormir, sem contar as enfermidades reumatológicas, como a fibromialgia.
Sintomas da privação de sono
Os efeitos da privação de sono não são propriamente uma novidade.
De cara, a pessoa se sente cansada e indisposta no dia seguinte a uma noite insone ou mal dormida.
Mau humor e perda de memória também estão entre os sintomas comuns entre os que se privam do sono no curto prazo.
No entanto, como veremos mais adiante, esses sintomas são leves quando comparados às complicações da falta de sono prolongada.
Privação de sono pode causar alucinações?
Sim, como aconteceu com o próprio Randy Gardner enquanto perseguia o seu recorde de mais tempo sem dormir.
A privação extrema de sono é atingida após um período de 48 horas, fase em que as alucinações visuais e auditivas começam.
Os níveis de cortisol estão elevados a essa altura, e a pessoa se sente extremamente cansada e irritada.
O prazo considerado limite é o de 96 horas, quando a falta de sono leva a surtos psicóticos e à perda da noção da realidade.
Essas são algumas das consequências nefastas da privação do sono, que pode levar a problemas ainda mais graves.
Consequências da privação do sono
Deixar de se alimentar por um dia não mata, mas provoca efeitos indesejáveis.
Não se hidratar por um dia é ainda menos recomendado.
Mas a coisa fica complicada mesmo quando a privação de alimento ou de água se estende por dias a fio.
O corpo começa a reagir negativamente e, se nada for feito, a saúde e a vida estarão em sério risco.
Com o sono, o processo é parecido.
Se deixarmos de dormir por uma noite, o nosso corpo pode suportar sem efeitos de longo prazo – apesar da dificuldade de suportar o dia seguinte, quando já aparecem os primeiros sintomas.
Considerando os impactos negativos da falta de sono, a ajuda médica deve ser buscada sem demora quando deixamos de dormir por mais de duas noites seguidas.
Confira algumas das consequências mais sérias que acontecem quando nos privamos do sono por períodos mais longos.
Aumento da pressão arterial
É sabido pela ciência que, enquanto dormimos, os batimentos diminuem, levando a uma natural (e necessária) diminuição da pressão sanguínea.
Assim sendo, quem se priva do sono ou dorme menos de 6 horas por dia se expõe ao aumento da pressão que, por sua vez, pode levar ao infarto ou ao AVC.
Baixa imunidade
Sem sono, o corpo tem a produção de células de defesa prejudicada, o que traz como consequência a perda de imunidade.
Não por acaso, as pessoas que dormem pouco queixam-se com muito mais frequência de gripes, resfriados e outras doenças provocadas por vírus oportunistas.
Alterações hormonais
O corpo humano tem incontáveis reações reguladas pelos hormônios.
Ao dormir, a produção desses hormônios se regulariza, logo, quem fica privado do sono certamente terá alterações hormonais.
A propósito, o próprio sono depende de um hormônio, a melatonina, cuja função é “desligar” o cérebro para que o sono passe por todos os seus estágios.
Isso sem contar o papel do sono para o crescimento e para o ganho de massa muscular, cujo processo é retardado quando deixamos de dormir o suficiente.
Irritabilidade e falta de concentração
Embora não sejam propriamente complicações à saúde, o mau humor e o déficit de concentração provocados pela falta de sono geram problemas sociais e laborais.
Esse é mais um motivo para cuidar da higiene do sono e evitar a privação a todo custo.
Alucinações
Como vimos, bastam apenas dois dias sem dormir para que comecem as alucinações visuais e auditivas.
Tudo isso associado à extrema fadiga e esgotamento físico e mental, inevitáveis quando se deixa de dormir bem.
Privação de sono pode matar?
A falta de sono se torna letal quando relacionada com uma série de outras condições e circunstâncias.
De qualquer forma, a já citada IFF é uma das raras doenças que tem como um dos sintomas a perda da capacidade de dormir.
Sendo uma condição incurável, a pessoa privada do sono tem sua saúde progressivamente deteriorada e sofre de diversos problemas até morrer.
Como tratar a privação de sono?
Quem não consegue dormir a quantidade de horas indicadas à faixa etária precisa ficar alerta para os riscos à saúde.
Se você sofre de insônia, dorme menos de seis horas por dia ou tem falta de sono frequentemente, não deixe de buscar ajuda médica.
Outra medida importante para aliviar os sintomas da privação de sono ou evitar esse problema completamente é contar com um colchão de alta qualidade.
Para isso, você pode contar sempre com os produtos da Maxflex.